Ao Invés de usar o nome mulher; os Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento e Assistência Social usaram os termos “corpo que pariu” e “pessoa que pariu”; e não fizeram qualquer menção ao seu sexo feminino, em campanhas publicitárias sobre dignidade menstrual e distribuição de absorvente gratuitos.
Em ambos os casos, a publicidade se preocupou em incluir aqueles que se consideram homens transexuais e pessoas não-binárias, entretanto, excluíram de vez o sexo feminino, em campanhas públicas que se tratam de questões relacionadas à mulher.
“Temos que respeitar a mulher que dá à luz, a mulher que vai à maternidade para dar a vida. A ciência, o mundo e os seres humanos sabem que o único ser que pode reproduzir uma criança é uma mulher que tem útero e ovário. Essas colocações do Ministério da Saúde são totalmente equivocadas”, afirmou o vereador.
O caso teve repercussão nacional após o site “O Antagonista” noticiar as notas de repúdio da MATRIA, associação que representa mulheres, mães e trabalhadoras.
“O objetivo do apagamento das palavras referentes ao sexo feminino é atender a desejos de uma parcela do sexo masculino que quer reivindicar para si a nomenclatura “mulher”: apenas ao dissociar tal palavra de tudo que é exclusivo ao sexo feminino, como menstruar, gestar, parir ou amamentar, é que essa manobra linguística se torna possível. Através da mudança da linguagem (vide o mantra constante de “mulher trans é mulher”), o transativismo espera também alterar a percepção da população brasileira sobre algo inalterável: o sexo e o fato de sermos uma espécie dimórfica, como a maioria das demais espécies mamíferas”, diz trecho da nota de repúdio da MATRIA.
Durante o discurso, o vereador Pastor Diego (PP) pediu um aparte, para afirmar que a sociedade não pode deixar de reconhecer o valor de uma mãe por uma questão de inclusão de igualdade de gênero.
“Nós vivemos em uma sociedade em que a palavra mãe se tornou uma palavra às margens. Os órgãos oficiais não usam mais a palavra mãe porque se tornou uma palavra preconceituosa, uma palavra que atinge o público A ou B, e eu discordo veemente disso. Entendo que haja respeito e inclusão, mas que nos valores fundamentais de uma sociedade a mãe tem que ser respeitada”, destacou o vereador.
Por Leonardo Teles
Foto: Gilton Rosas