O Partido dos Trabalhadores (PT) em Sergipe reforçou, em resolução divulgada nesta quinta-feira (09), a necessidade de retomar seu papel como protagonista na luta social no estado. A sigla destacou a importância de articular os diversos movimentos populares presentes na sociedade e de defender pautas que representem os interesses das classes trabalhadoras.
Desde 2022, o PT de Sergipe tem enfrentado divisões internas e divergências de posicionamento entre suas correntes, sendo as principais lideradas por Márcio Macêdo/Eliane Aquino e Rogério Carvalho/João Daniel. A falta de unidade, em 2024, resultou em um desempenho eleitoral aquém do tamanho que o PT já teve na capital sergipana e nos demais municípios do estado.
Segundo a resolução do PT Sergipe, a principal meta do partido é a reconstrução de sua unidade interna, elemento considerado essencial para o fortalecimento do projeto coletivo. No entanto, o PT salientou que essa unidade não deve ser alcançada às custas dos projetos individuais de seus membros, mas sim por meio da harmonização entre as iniciativas pessoais e os objetivos coletivos. Neste ponto, a dificuldade será conciliar os interesses de Rogério e Márcio, ambos desejando ser o candidato ao Senado pelo partido, além de almejarem o apoio de Lula para essa candidatura.
A resolução do PT trouxe um posicionamento político firme ao defender a oposição aos governos neoliberais e de extrema-direita que, segundo o partido, têm enfraquecido os direitos sociais no estado. Foram citadas diretamente as administrações de Fábio Mitidieri, governador de Sergipe, e Emília Corrêa, prefeita de Aracaju, como exemplos de lideranças a serem enfrentadas politicamente.
Com esses encaminhamentos, o PT de Sergipe busca encontrar o caminho da unidade para disputar com força e competitividade as eleições de 2026, diante da tendência de crescimento do espectro político de direita e conservador no estado.
Por Uilliam Pinheiro