Por Juliano Cesar Faria Souto [*]
Em tempos de profundas transformações econômicas e sociais, o verdadeiro diferencial da liderança pública está menos no discurso e mais na capacidade de gestão e de articulação efetiva entre diferentes esferas de poder e setores da sociedade.
Sergipe vive um momento emblemático dessa nova forma de conduzir a política com propósito, e duas figuras públicas simbolizam com clareza esse movimento: Zezinho Sobral, vice-governador de Sergipe e secretário estadual da Educação, e Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Ambos ocupam posições estratégicas de vice-liderança, mas exercem influência muito além do protocolo. São figuras que atuam como pontes entre o planejamento técnico, a ação política e os anseios da sociedade produtiva. E quando essas pontes se conectam, como ocorreu recentemente em Sergipe, os resultados deixam de ser apenas promessas para se tornarem plataformas de transformação real.
A presença de Alckmin em Sergipe no sábado passado, fruto de uma articulação precisa e competente liderada por Zezinho Sobral, não foi apenas simbólica. Foi estratégica. Reuniu ministros, lideranças políticas locais e o setor empresarial em torno de temas cruciais para o desenvolvimento do Estado, como o Projeto Sergipe Águas Profundas, os investimentos em infraestrutura rodoviária e novas possibilidades de industrialização com base na transição energética e no crescimento sustentável.
Neste contexto, destaca-se a atuação do Fórum Empresarial de Sergipe, coordenado por Sandro Moura, como uma interface sólida entre o setor privado e o poder público. O Fórum tem cumprido um papel relevante de formulação, provocação e diálogo propositivo, consolidando-se como espaço legítimo de construção coletiva de caminhos para o desenvolvimento.
O que se vê é uma convergência entre liderança política e liderança empresarial orientada por uma visão de futuro e ancorada em projetos concretos. Zezinho Sobral, ao mesmo tempo em que conduz uma pauta estratégica à frente da Educação, demonstra fôlego político para articular a interlocução com o Governo Federal, reforçando a relevância de Sergipe no tabuleiro nacional.
Seu trabalho reflete uma liderança que sabe ouvir, integrar, planejar e mobilizar – qualidades raras e fundamentais em tempos de crise e reconstrução. O exemplo de Alckmin também não passa despercebido. Como vice-presidente da República, ele tem exercido um papel silencioso, porém decisivo, na reindustrialização do Brasil, atuando como um catalisador de agendas importantes, longe dos holofotes partidários e focado nos resultados.
A aliança institucional entre Zezinho Sobral, Geraldo Alckmin e o Fórum Empresarial de Sergipe representa uma fórmula potente: técnica, escuta ativa e capacidade de mobilização, que pode – e deve – inspirar outros Estados. Sergipe mostra que o protagonismo regional se constrói com projetos, mas sobretudo com lideranças que unem e servem de ponte para o futuro.
– Texto originalmente publicado no site JLPolitica Jozailto Lima – Paulo Escariz aceita ser cônsul honorário da Espanha para Sergipe e Alagoas, e não está pra brincadeira | Opinião – Liderança que constrói pontes: o valor da articulação entre governo e setor produtivo | JL Política
[*] É administrador de Empresas graduado pela Faculdade de Administração de Brasília, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, atua como sócio administrador da empresa Fasouto no setor atacadista, distribuidor e autosserviço, e é líder empresarial, exercendo, atualmente, o cargo de presidente do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Atacado e Distribuidores – ABAD – e presidente do Conselho de Gestão do Lide Sergipe.