Por Uilliam Pinheiro
Após ser noticiada, nesta semana, a absolvição de todos os réus da Operação Babel — investigação que apurou irregularidades em contratos da empresa Torre com a Prefeitura de Aracaju —, o ex-governador Jackson Barreto fez um comentário nas redes sociais atacando a delegada Danielle Garcia (MDB).
“Tá provado que você queria apenas APARECER nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação para se lançar na POLÍTICA, o que fez em seguida, mesmo que isso custasse a desonra de pessoas inocentes. Você agiu por puro oportunismo político”, escreveu o ex-governador de Sergipe.

A delegada Danielle Garcia era chefe da Deotap na época e comandou, junto com sua equipe, as investigações do caso envolvendo a empresa Torre. Na ocasião, o então senador Alessandro Vieira era o delegado-geral e deu total apoio às investigações lideradas pela delegada. Por fim, Jackson Barreto exonerou Alessandro Vieira do cargo e afastou a delegada Danielle Garcia da Deotap. Ambos, posteriormente, foram candidatos a cargos eletivos — primeiro Alessandro, que se tornou senador da República, e, posteriormente, Danielle, que não teve sucesso eleitoral, mas hoje ocupa a Secretaria de Políticas para Mulheres do Estado.
Sobre a absolvição dos réus da Operação Torre de Babel, a delegada Danielle Garcia também usou as redes sociais para defender todo o trabalho da Deotap à época.
“Sobre a decisão judicial no âmbito da Operação Torre de Babel, reafirmo minha plena confiança no trabalho sério e comprometido da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado de Sergipe nas investigações que apuraram possíveis irregularidades na contratação emergencial da empresa responsável pela coleta de lixo em Aracaju. A investigação foi conduzida com rigor: concluímos o inquérito, indiciamos os envolvidos e, com base nas mesmas evidências, o Ministério Público apresentou denúncia pelos possíveis crimes apurados. Respeitamos a decisão judicial, mas temos convicção de que cumprimos nosso dever com responsabilidade e firmeza, entregando um relatório sólido, respaldado pelo Ministério Público”, escreveu ela.