Em entrevista a Narcizo Machado no Jornal da FAN, da emissora FAN FM, Valmir de Francisquinho, o ex-prefeito de Itabaiana, trouxe informações dos motivos para apoiar o então candidato do PT, Rogério Carvalho, no segundo turno das eleições 2022.
Na ocasião, Valmir de Francisquinho, bolsonarista convicto, firmou aliança com Rogério Carvalho. Fato que gerou muito desgaste para o ex-prefeito de Itabaiana e a aliança foi destaque nacional porque unia um bolsonarista e um petista diante de uma polarização e disputa forte entre Lula e Bolsonaro no segundo turno. O que teria acontecido para Valmir ter aceitado essa aliança com o petista? Na entrevista, Valmir dar algumas respostas.
Valmir estava inelegível, depois de ter sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), por abuso de poder político e econômico, acusado de ter favorecido a campanha do filho para deputado estadual, quando era prefeito de Itabaiana. Mesmo assim, ele conquistou 457.922 votos no primeiro turno.
“Todos os meus adversários queriam me deixar fora do páreo, pois sabiam que nós ganharíamos no primeiro turno. Eu não quero me aprofundar, mas todo mundo sabe os motivos de tudo isso ter acontecido. Foi para me tirar do processo e não deixar Valmir ser governador do Estado. Isso é fato”, disse Valmir, atribuindo sua inelegibilidade a um esforço coordenado de seus adversários políticos.
Valmir, então, revelou a motivação para ter aceito a aliança com o senador petista, Rogério Carvalho. “No segundo turno, eu não tinha opção: para ficar elegível, eu tinha que declarar apoio à ‘A’ ou a ‘B’. Não tinha alternativa. Escolhi a menos traumática para mim, aqui na região do Agreste. Eu já estava fora, só poderia ser candidato em 2028 e aí, para me livrar, declarei apoio a Rogério, mas foi uma declaração para aquele momento. Não tenho entendimento político de continuidade em fazer política com Rogério, nem com ninguém. Vou continuar fazendo política com o nosso agrupamento”, declarou Valmir.
Ao ser questionado por Narcizo Machado novamente sobre a questão, de forma direta, se Rogério lhe prometeu que, em troca do apoio dele no segundo turno, iria interferir no resultado do processo de inelegibilidade que corria na Justiça Eleitoral, Francisquinho respondeu: “A gente pode falar muito pouco. Quando a gente mexe com situações que não podem ser ditas, a gente paga um preço muito alto. Eu tenho, então, que pagar o preço alto e manter o meu silêncio. Já foi feito, mas eu não tenho interesse político de manter essa aliança do segundo turno”, revelou o ex-prefeito.
Com informações do site FAN F1