Combinação de tabagismo e consumo excessivo de álcool é fator de risco para o câncer de esôfago

Campanha Abril Azul Claro chama atenção para a importância do diagnóstico precoce da doença

Hábitos como o tabagismo e o consumo excessivo de alcool são as principais causas do câncer de esôfago, doença comum em homens e com alta mortalidade devido ao diagnóstico tardio. No Brasil, a cada ano, são registrados pelo menos 11 mil casos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os dados chamam atenção e, por isso, são tema da campanha Abril Azul Claro, iniciativa que visa conscientizar para adoção de hábitos saudáveis e a detecção precoce da doença.

O câncer de esôfago é o oitavo mais frequente no mundo e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres. E o mais grave é que a doença pode ter evolução rápida e agressiva, se não for diagnosticado e tratado precocemente.  O radio-oncologista Dauler de Souza, que integra o corpo clínico da Oncoradium-Centro Oncológico de Aracaju, explica que é importante estar atento aos fatores de risco e sintomas e, procurar o médico imediatamente, se houver preocupações.

“O carcinoma de células escamosas é mais comum em regiões onde o tabagismo e o consumo de álcool são mais prevalentes, enquanto o adenocarcinoma é mais comum em pessoas com refluxo gastroesofágico crônico e obesidade”, detalha o médico.

Apesar de não possuir causas exatas, alguns fatores podem contribuir significativamente para o desenvolvimento do câncer de esôfago. “Os fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, refluxo gastroesofágico crônico, obesidade, história familiar de câncer de esôfago e uma dieta pobre em frutas e verduras”, diz o especialista.

Segundo o médico radio-oncologista, as pessoas que têm fatores de risco para o câncer de esôfago, cdevem ficar especialmente atentas aos sintomas e realizar exames preventivos regularmente. “Os sintomas do câncer de esôfago podem incluir dificuldade para engolir, dor ao engolir, dor no peito, perda de peso inexplicável e tosse persistente. Se você apresentar esses sintomas, é importante procurar o médico imediatamente”, alerta Dauler de Souza.

 Diagnóstico e tratamento

Ainda segundo o radio-oncologista, o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de exames como endoscopia digestiva alta, biópsia, tomografia computadorizada e exames de imagem. Após análise dos resultados, o médico vai avaliar e definir qual melhor protocolo a ser seguido.

“O tratamento do câncer de esôfago depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses tratamentos”, afirma.

Números da doença

De acordo com a última estimativa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio de 2023 a 2025 serão diagnosticados 10.990 casos de câncer de esôfago. Isso corresponde ao risco estimado de 5,07 por 100 mil habitantes, sendo 8.200 casos em homens e 2.790 casos em mulheres. Ou seja, há um risco estimado de 7,76 casos novos a cada 100 mil homens e 2,49 a cada 100 mil mulheres.

Em Sergipe, a previsão do Inca aponta que devem ser confirmados, este ano, 70 novos casos da doença a cada 100 mil habitantes, sendo 50 em pessoas do sexo masculino e 20 em mulheres.

“A prevenção inclui a adoção de hábitos saudáveis, como parar de fumar, limitar o consumo de álcool, manter um peso saudável, seguir uma dieta equilibrada e rica em frutas e verduras e tratar o refluxo gastroesofágico crônico”, orienta Dauler de Souza.

Por NV Comunicação

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