O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) está preocupado com a possibilidade de que o Governo do Estado aumente a alíquota de contribuição do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipes). A apreensão foi externada nesta terça-feira, 30, quando Cláudio Mitidieri Simões, presidente do Ipes, esteve na Assembleia Legislativa para fazer uma prestação de contas do órgão de assistência.
Apesar de, até o momento, nenhum projeto de lei ter sido enviado para Alese com este objetivo, durante sua fala na Alese, o presidente Claudio Mitidieri sinalizou para este cenário. “Se não for feito o aumento, é preciso que se indiquem as fontes para os recursos que precisamos”, comentou. Hoje, o percentual da alíquota de contribuição está em 4% do salário, mas a expectativa é de que o Governo do Estado envie uma proposta de aumento para 6%.
Georgeo lamentou que esse aumento possa acontecer nos próximos meses. “Estamos falando de 50% de aumento da contribuição. Isso prejudicará muita gente. A minha preocupação é que tem pessoas com uma faixa de salário muito baixo que, se confirmar esse aumento, pode pedir desligamento do Ipes e ficar sem assistência. Na hora de uma necessidade, terá que buscar apoio no SUS”, criticou.
O parlamentar lembrou que, recentemente, a Assembleia aprovou um reajuste para o funcionalismo público, sendo que a maioria recebeu 2,5% de aumento salarial. Com um acréscimo na contribuição, muitos poderão receber um salário menor do que antes. “É um presente desagradável para o funcionalismo. Mal poderão comemorar e aproveitar o pequeno aumento que receberam e já terão essa redução meses depois”, lamentou.
Líder do bloco de oposição na Casa, Georgeo Passos disse que debater o Ipes é uma responsabilidade de todos os deputados sergipanos – tanto os de situação como os oposicionistas. Para ele, é um dever do Parlamento se aprofundar na fiscalização e também discutir, não somente um possível aumento da alíquota e os custos do órgão, mas também a melhoria no atendimento, as condições e os serviços para a população.
“São várias as críticas e denúncias que são feitas, inclusive de dificuldades no atendimento por telefone. Chegou até mim, por exemplo, o caso de um paciente que teve sua cirurgia autorizada, porém, ao chegar no hospital o Ipes não autorizou o material. Ou seja, teve que retornar para casa. Temos que nos debruçar sobre isso e cobrar as responsabilidades e a melhoria para aqueles que buscam assistência”, finalizou Georgeo.
Por Assessoria Parlamentar