Sergipe apresentou um aumento de 35 % no número de denúncias de crimes de stalking e de violência psicológica contra mulheres nos últimos dois anos, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, divulgados na manhã desta quinta-feira (20).
Segundo o anuário, em 2021 o estado havia registrado a denúncia de 381 crimes de stalking. Já no ano de 2022 esse número subiu para 517. No mesmo período, também aumentou o número de denúncias de violência psicológica, que saiu de 161 para 398.
Em abril de 2021, foi sancionada uma lei que incluiu o stalking no Código Penal.
O que é “stalking”?
Conhecido popularmente como “stalking” (perseguição, em inglês), o ato definido agora por lei consiste em seguir alguém reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima ou invadindo sua liberdade ou privacidade.
A prática é mais conhecida nos meios digitais, mas a lei prevê condenações para quem cometer o crime em qualquer meio, seja digital ou físico. O texto da lei também diz será enquadrado no crime quem restringir a capacidade de locomoção da vítima.
A pena de reclusão será aumentada em metade caso o crime seja cometido: contra criança, adolescente ou idoso; contra mulher por razões da condição do sexo feminino; por duas ou mais pessoas, ou com o emprego de arma.
Violência contra a mulher
O anuário aponta também que cresceram os números de casos de estrupo, assédio e importunação sexual contra mulheres em Sergipe nos últimos dois anos.
O total de registros de estupros passou de 689, em 2021, para 732 em 2022. O mesmo aconteceu com as denúncias de importunação sexual que passaram de 261 para 266. Enquanto os registros de assédio sexual baixaram de 63 para 57.
Um outro dado que também foi destacado no levantamento foi o número de mulheres que foram vítimas de algum tipo de ameaça. Em 2021, foram registrados 8.005 casos contra 8.689.
Segundo dados do anuário, em 2022 os números de registros retornaram ao ‘padrão pré-pandemia’, quando não se implicam mais medidas de restrição da circulação de pessoas, fator que pode ter impulsionado o aumento no número de registros.
Fonte: G1 SE
Foto: Banco de imagens/ Governo Federal