Força-tarefa resgata mulher de 66 anos vítima de trabalho escravo doméstico em Aracaju

A vítima vivia há mais de 40 anos na residência dos empregadores, sem receber salário, sem direito a férias ou descanso semanal

No último dia 27 de maio, uma força-tarefa integrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SE) e pela Auditoria-Fiscal do Trabalho resgatou, na capital sergipana, uma idosa de 66 anos submetida a condições análogas à escravidão no trabalho doméstico.

A vítima vivia há mais de 40 anos na residência dos empregadores, sem receber salário, sem direito a férias ou descanso semanal.

A operação foi deflagrada após o recebimento de denúncia anônima e realizada com autorização judicial. No local, as equipes constataram graves violações de direitos fundamentais. Este é o primeiro caso de resgate por trabalho escravo doméstico registrado no estado de Sergipe.

A vítima e os empregadores foram ouvidos na sede do MPT-SE, onde foi firmado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para o pagamento das verbas rescisórias devidas. O caso segue sob sigilo.

A ação contou com o apoio da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE/SE) e da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, que forneceu acolhimento institucional e atendimento psicossocial à vítima.

Combate ao trabalho escravo

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mais de dois mil trabalhadores já foram resgatados de condições análogas à escravidão em 2024. No âmbito doméstico, 19 pessoas foram resgatadas em todo o país neste ano.

Com informações da PF/SE

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