Equipes do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) cumpriram o mandado de prisão contra uma mulher investigada pelo crime de furto qualificado mediante fraude com prejuízo de mais de R$ 500 mil. Ela trabalhava como gerente do setor de crédito e cobrança de uma empresa do ramo alimentício. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), vinculada ao Depatri. A ação policial ocorreu na última terça-feira, 5, e foi divulgada nesta sexta-feira, 8.
Segundo a delegada Suirá Paim, as investigações começaram após o registro do boletim de ocorrência que comunicava a prática continuada de furto qualificado. “No fim de junho, nós recebemos os representantes de uma empresa do ramo alimentício que denunciaram um desvio de mais de meio milhão. De lá para cá, instauramos o inquérito policial e começamos as investigações”, iniciou.
Suirá Paim revelou que a investigada era responsável pelas finanças da empresa. “Principalmente naquilo que diz respeito aos pagamentos dos clientes que eram efetuados à vista e em espécie, sendo responsável também por realizar o pagamento dos boletos para que fossem liberadas novas compras desses clientes junto à empresa. A empresa apontou inconsistências no sistema”, explicou.
Então, a apuração identificou que a investigada ficou em posse dos valores pagos à vista, cadastrando os clientes como inadimplentes. “Aprofundando as investigações, foi verificado que, ao receber os valores em espécie, a investigada retirava uma parte. A partir daí ela utilizava diversos tipos de fraudes para acobertar o desvio e a prestação de contas que estava atrasada”, acrescentou Suirá Paim.
De acordo com a delegada Lauana Guedes, no decorrer da apuração interna da empresa, quando o dono da empresa tomou ciência dos fatos, ela saiu do local da empresa e não mais retornou. As investigações tiveram seguimento, e foi emitida a decisão judicial de prisão da investigada. “Tivemos fundamento para solicitar a prisão preventiva, que foi decretada pela Justiça”, acrescentou.
Ainda conforme Lauana Guedes, a investigada trabalhava na empresa desde 2010. “Mas como a estratégia utilizada por ela era muito bem feita, apenas em julho deste ano foi que o fato veio à tona. Foram identificados mais de 1,5 mil boletos em abertos e, por isso, nós identificamos o ato da investigada. Apesar de ela não ter antecedentes criminais, se evadiu do distrito de culpa e por isso pedimos sua prisão”, pontuou.
Fonte e Foto: SSP/SE