Governo de Sergipe apoia reativação de fábrica de cimentos em Nossa Senhora do Socorro

Unidade deve gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos na região com operação integral da planta; primeira fase será inaugurada nesta sexta-feira

Mais um marco importante para o desenvolvimento econômico e industrial de Sergipe está prestes a acontecer. Na próxima sexta-feira, 22, será inaugurada a nova unidade da fábrica Cimentos Mizu, da Organização Polimix, localizada na região metropolitana de Aracaju, em Nossa Senhora do Socorro. O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), desempenhou um papel fundamental neste processo, oferecendo todo o suporte institucional necessário para a implantação da indústria no estado.

A planta da unidade fabril da Mizu Cimentos foi adquirida em um leilão promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho, com o objetivo de quitar os débitos trabalhistas do antigo proprietário. Assim, a inauguração desta fábrica simboliza a retomada de uma indústria que, por muitos anos, foi a segunda maior produtora de cimento do Nordeste, posicionando Sergipe como o segundo maior fabricante de cimento da região.

“Com a inauguração da fábrica, o Governo de Sergipe reafirma seu compromisso com o fortalecimento da indústria, a geração de empregos e o fomento ao crescimento econômico sustentável. A Sedetec, por sua vez, segue com sua missão de atrair novos investimentos, modernizar o setor produtivo e contribuir para o progresso de Sergipe”, afirmou o titular da Sedetec, Valmor Barbosa.

Para a aquisição dos ativos da fábrica em leilão, a Organização Polimix investiu aproximadamente R$ 350 milhões. Já na revitalização completa da planta, o investimento total será de R$ 250 milhões, dos quais R$ 50 milhões já foram aplicados na revitalização e modernização da moagem, que marcará a conclusão da primeira fase do processo. A segunda fase, voltada para a revitalização e modernização total do forno, demandará R$ 200 milhões e terá início imediatamente após a retomada da moagem.

Produção

A planta de Nossa Senhora do Socorro será responsável pela fabricação de dois tipos de cimento: CP II F 32 e CP V ARI. O CP II F 32, também conhecido como cimento composto, é o tipo mais consumido no Brasil e no Nordeste. Já o CP V ARI é um tipo de cimento de alta resistência inicial, voltado para aplicações mais exigentes, como fábricas de pré-moldados e centrais de concreto, entre outros. “A princípio, vamos produzir estes dois tipos de cimento, mas essa fábrica tem condições de produzir os cinco principais tipos de cimento normatizados no Brasil”, declarou o diretor da Organização Polimix, José Antero dos Santos.

Geração de empregos

A revitalização da fábrica foi dividida em duas fases. A primeira, focada na retomada da moagem de cimento, demandou um contingente de pelo menos 350 empregos diretos e indiretos, com investimentos na modernização de equipamentos e automação. A operação de moagem demandará 100 empregos diretos e 500 indiretos. Para a segunda fase, na revitalização da indústria de transformação e clinquerização, que será iniciada logo após a inauguração da moagem, deverão ser gerados cerca de 500 empregos diretos e indiretos. Quando essa planta estiver totalmente integrada, serão demandados, diretamente na operação, 250 empregos diretos e pelo menos 1.250 indiretos, totalizando aproximadamente 1.500 empregos na região.

“Temos profissionais das mais diversas áreas, tais como metalurgia, engenharia mecânica, montagem elétrica, automação, recuperação de estruturas civis e reformas dos prédios administrativos e galpões. O maior investimento que fizemos até agora foi na parte de eletromecânica e automação. Os equipamentos que estavam instalados aqui eram antigos e precisavam ser modernizados, para assim posicionar esta fábrica como uma das mais modernas do Brasil. Alguns equipamentos foram reformados, enquanto outros foram totalmente revitalizados ou substituídos por outros mais modernos e mais eficientes”, comentou José Antero dos Santos.

O diretor da Mizu também pontuou que Sergipe é um estado com mão de obra qualificada e que a prioridade da empresa é empregar sergipanos, especialmente pessoas que moram no entorno da fábrica. “O estado tem um contingente profissional qualificado não só para a indústria de cimento, mas também para diversos segmentos industriais. Portanto, acreditamos que o maior quantitativo de pessoas que trabalharão conosco será de Nossa Senhora do Socorro, seguido por Laranjeiras e Aracaju”, informou.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias
Foto: Thiago Santos

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