Marcos Santana critica medidas adotadas por Emília Corrêa em relação ao transporte público

Segundo o ex-prefeito de São Cristovão, as medidas adotadas por Emília Corrêa tem o intuito de favorecer as atuais empresas que operam no sistema

Por Uilliam Pinheiro

O ex-prefeito de São Cristovão, Marcos Santana, publicou, nesta terça-feira (11) em sua conta do Instagram, críticas as medidas adotadas pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, em relação ao transporte público.

Segundo Marcos Santana, as medidas adotadas por Emília Corrêa tem o intuito de favorecer as atuais empresas que operam no sistema. “As medidas adotadas pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, deixam evidente a estratégia de favorecer as empresas de ônibus que atualmente operam no sistema, contradizendo o suposto planejamento anteriormente anunciado de realizar uma nova licitação no prazo otimista de seis meses”, escreveu Santana.

Ainda o ex-prefeito de São Cristovão ressalta que “ao assumir o mandato, Emília criticou a idade média da frota de ônibus, o estado de conservação dos veículos e a forma desumana com a qual a população era transportada. No entanto, em seu novo decreto, fixa a idade média da frota em 12 anos, evidenciando mais uma contradição, já que a grande maioria dos veículos que circulam atualmente já se encontra nessa condição”. Além disso, a fiscalização do estado de conservação dos ônibus independe do decreto publicado, e até o momento nenhuma medida efetiva foi adotada para retirar de circulação os veículos sucateados.

Marcos Santana criticou a prorrogação do prazo em mais 30 dias após a prefeita afirma que o prazo seria apenas de 60 dias anunciado em janeiro. “A prefeita também havia anunciado que as empresas que não se adequassem em 60 dias seriam excluídas do sistema. No entanto, o novo decreto amplia esse prazo em mais 30 dias, permitindo que a frota deteriorada continue operando na região metropolitana”, criticou ele.

Outro ponto criticado pelo ex-prefeito de São Cristovão foram as decisões unilaterais tomadas pela prefeita sem consulta ao Consórcio Metropolitano do Transporte Público da Grande Aracaju. “Emília segue tomando decisões unilaterais. As mudanças estabelecidas no Decreto nº 8042/2025 deveriam ser deliberadas pelo Consórcio de Transporte Público Urbano da Região Metropolitana (CTM) e discutidas em assembleia geral com os demais prefeitos, o que não ocorreu”, relatou Marcos Santana.

“Na mesma linha, anunciou o envio de um projeto de lei à Câmara Municipal para autorizar a aquisição de 30 ônibus elétricos, sem apresentar qualquer estudo de viabilidade técnica ou esclarecer como será a operacionalização desses veículos. Essa medida, na prática, apenas reforça a permanência das empresas que já operam o sistema”, disse Marcos Santana, defendendo que tais medidas deveriam primeiro passar por deliberação no Consórcio Metropolitano do Transporte Público.

Por fim, Marcos Santana finaliza seu texto com a seguinte indagação: “Enquanto isso, a população segue sem informações sobre o processo de rescisão dos contratos com as empresas vencedoras da licitação de 2024, agravando a insegurança jurídica, financeira e social gerada por essas decisões. Afinal, quem pagará essa conta?”

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