“O papel da Alese será reduzido a votar indicações e títulos de cidadania?”, questiona deputado Paulo Júnior

O posicionamento do parlamentar ocorre após aprovação do PL que deu poderes ao governador definir várias ações por meio de decreto sem necessidade de debate na Alese

Membro da bancada de oposição, o deputado Paulo Júnior (PV) votou contra os projetos de Lei 150/2023 e 152/2023, do governo do Estado, os quais prevêem a implantação do Programa de Parcerias Estratégicas e a alteração do marco regulatório estadual de organizações sociais.

Os projetos estaduais propõem ampliar a parceria do governo com a iniciativa privada e concessões. Paulo Júnior defende que as propostas reduzem a autonomia da Assembleia Legislativa, já que traz a previsão de “considerar qualquer negócio como um possível negócio público-privado com estrutura jurídica semelhante a qualquer das espécies de concessão admitidas por lei”, acrescenta.

“Estamos diante do mais importante debate, até o momento, desta Casa. Esses são projetos entreguistas! O papel da Assembleia será reduzido a votar nas indicações e títulos de cidadania? O governador terá carta branca para fazer tudo por decreto, tirando nosso ofício. Qual será o papel desta Casa?”, questionou.

Paulo Júnior defendeu amplo debate com a sociedade sobre os temas e seguiu orientação do líder da oposição, Georgeo Passos, na retirada de caráter de urgência dos projetos.  “São matérias relevantes para o servidor e para a prestação de serviços. Precisaria de um debate mais amplo com as categorias e com a população. Gostaria de dizer que não foi a oposição que criticou a Deso, foi o governador em uma entrevista de rádio. Vender a Deso é o maior estelionato político”, disse referindo-se à declaração de Fábio Mitidieri, enquanto deputado federal, afirmando ser contra a privatização da Companhia de Abastecimento.

“O corpo diretivo da Deso é nomeado pelo governo, cobrem melhorias e resolutividade”, disse.

Por Ana Dulce
Foto: Jadilson Simões

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