Paciente que realizou transplante de mão no Huse recebe alta e comemora sucesso do procedimento

A intervenção cirúrgica é considerada inédita no equipamento de saúde e durou cerca de 10 horas

Internado desde o dia 21 de abril, o ajudante de pedreiro Anderson Pereira, que teve uma amputação traumática no punho e precisou passar por um procedimento de reimplante de mão no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), teve alta médica na terça-feira, 7. O paciente segue, a partir de agora, em acompanhamento no Ambulatório de Retorno Dr. José Maria Rodrigues do Huse.
 
Morador do município de Pedro Alexandre, na Bahia, o paciente foi encaminhado ao Huse, considerado referência na área de traumato-ortopedia em Sergipe e municípios da Bahia e de Alagoas, após ser atingido por uma arma branca.
 
“Após o acidente, minha primeira reação foi ir a um hospital onde moro. Chegando lá, fui transferido para o Huse. Foi Deus quem colocou o médico, Dr. Alex, no meu caminho. Ele colocou a minha mão no lugar”, contou Anderson Pereira. 
 
Logo após o acidente, o filho de 15 anos do paciente pegou o membro amputado e o acondicionou em uma bolsa com gelo, levando ao hospital da cidade. “Foi uma ação louvável do meu filho. Quando ele chegou no hospital, ainda na minha cidade, perguntou sobre a mão e voltou para pegar, colocando no gelo. Foi uma atitude que ele tomou de coração e foi Deus que iluminou a mente dele”, acrescentou Anderson. 
 
Emocionado, Anderson comemorou a alta hospitalar. “A melhor coisa do mundo foi que o médico conseguiu reimplantar a minha mão e a segunda é que vou retornar para a minha casa e encontrar com minha mãe e meus três filhos. Sou muito grato à equipe do Huse, só tenho que agradecer a equipe médica e de enfermagem por todos os cuidados. Fico sem palavras para agradecer a todo mundo e, principalmente, ao Dr. Alex”, contou o paciente. 
 
Sobre o procedimento
 
Ao aguardar em sala cirúrgica, o paciente Anderson Pereira foi avaliado pelo médico Alex Franco, especialista em mão e membro superior e microcirurgia reconstrutiva, que realizaria outro procedimento cirúrgico em outra sala.  
 
“Fui solicitado para verificar a viabilidade de preservação do membro para o paciente e exista a condição por conta dos cuidados com o membro atingido que, nesse caso, foi mantido em gelo durante todo o tempo. Durante o procedimento, realizamos toda a reconstrução de artérias, veias, tendões, além do osso e, por fim, a pele”, detalhou o especialista, que atua no Huse há dois anos.    
 
Recuperação
 
Após o período de acompanhamento hospitalar, o paciente seguirá outros cuidados específicos e passará pelo processo de reabilitação. “Ele teve uma evolução muito boa e a partir de agora começa uma outra fase, que é o processo de reabilitação. Passamos as devidas orientações para que ele obtenha o melhor resultado possível para esse tipo de lesão”, destacou Alex Franco. 

Fonte: ASN
Foto: Flávia Pacheco

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