Na Sessão Plenária desta quinta-feira (12), o deputado Paulo Júnior (PV) denunciou a má qualidade dos serviços prestados pela empresa Iguá Saneamento, responsável, há pouco mais de 40 dias, pela distribuição de água e saneamento básico em Sergipe. O parlamentar afirmou estar recebendo inúmeras reclamações da população de diversos municípios e acusou o Governo do Estado de omissão.
“A falta d’água está gritando em diversos municípios. A qualidade da água que está sendo distribuída é péssima. O que eu tenho escutado das pessoas é que, com a Iguá, o serviço mudou — mas mudou para pior”, disse Paulo Júnior. O deputado citou cidades como Poço Redondo, Nossa Senhora das Dores, São Cristóvão, Siriri, Santa Rosa de Lima e Laranjeiras, além de bairros da capital sergipana, onde moradores têm enfrentado até seis dias sem abastecimento.
O parlamentar também criticou duramente a forma como o processo de privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) foi conduzido, afirmando que a expectativa de melhoria dos serviços não se concretizou. “Muitos deputados diziam que a Deso era ruim e que a população clamava por melhorias. Mas hoje, com apenas 40 dias de atuação da nova empresa, a população tem saudade da Deso”, afirmou.
Paulo Júnior destacou ainda a ausência de respostas por parte da empresa Iguá diante das denúncias e problemas enfrentados pelos cidadãos. “A população está sendo penalizada, não está tendo um retorno, uma satisfação por parte da empresa vencedora do leilão. Isso é inadmissível. Não estamos pedindo ampliação de rede, estamos pedindo apenas a continuidade de um serviço que já era prestado e agora está sendo interrompido rotineiramente.”
O deputado também alertou para possíveis impactos financeiros nos municípios que aguardam o recebimento da última parcela da outorga da privatização, mencionando a possibilidade de um reequilíbrio contratual, como ocorreu em outros estados, a exemplo do Rio de Janeiro.
Por fim, Paulo Júnior cobrou uma postura mais ativa do governo do Estado. “O governo propagou em todos os cantos que com a Iguá a água chegaria com mais qualidade. Mas o que estamos vendo é o inverso: um serviço prestado de forma péssima. Essa conta vai cair no colo do governo e de quem apoiou a privatização. Eu, ao contrário de muitos, não coloquei minhas digitais nesse projeto.”
Fonte: Agência de Notícias Alese
Foto: Joel Luiz| Agência de Notícias Alese